sábado, 7 de janeiro de 2012

600 ANOS DE JOANA D'ARC



Joana d'Arc na História:

Joana d'Arc (em francês Jeanne d'Arc) (Domrémy-la-Pucelle, 6 de janeiro de1412 Ruão, 3 de maio de 1431, por vezes chamada de donzela de Orléans, era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée e é a santa padroeira da França e foi uma heroína da Guerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido pelos Armagnacs, na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses.

Descendente de camponeses, gente modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa canonizada em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Joana_d'Arc


Joana d'Arc no Espiritismo:

Acompanhem o relato do espírito Vitor Hugo, através da médium Zilda Gama, no livro "O Solar de Apolo" que narra a vivência de um grupo familiar há centenas de anos:

Após o convite filial que Políbio dirigiu a seus protetores da infância, decorreram algumas semanas e, por uma tarde hibernal, chegaram aqueles dois amigos ao Solar de Jesus, sendo recebidos com o maior acatamento e carinho por todos os presentes. Nereu e sua consorte já haviam partido para o além.

Depois de refeitas as forças orgânicas, esgotadas em aspérrimas lutas, tendo ambos sido substituídos no templo de Delfos, e, com a recepção afetuosa que lhes fora dispensada, alguns dias após sentiam-se reanimados, embora envelhecidos e algo abatidos.

- Estamos nas proximidades do Solar de Minerva, que pertenceu a meus pais, e, logo depois de sua morte, era meu e de minha desditosa irmã, disse Samuel a seu filho adotivo.

- Quereis ir vê-lo, pai? Mandarei aprestar a sege para vos levar.

- Não, filho, não o quero ver, jamais. Era também meu desejo, Políbio, jamais penetrar neste castelo, ou antes, nesta região, onde tanto padecemos eu e meus entes queridos, mas o Destino impeliu-me a agir de modo contrário, para minha humilhação, ou meu maior conforto. É sempre caprichosa a nossa sina! Temos que nos curvar sob o seu império inexorável!

- Não, pai, respondeu-lhe o jovem inspirado. Em bendita hora vós me levastes ao templo de Delfos onde desabrochou a faculdade psíquica que me salvou do mais bárbaro delito e do suicídio. As luzes que lá me foram transmitidas, em hora oportuna, foram-me preciosas, pois, após haver sido decepado meu braço direito, compreendi que assim foi decretado pelo Juiz Supremo para não cometer um revoltante crime que iria ofender, esfacelar os corações que, até então, tinham sido mais generosos para comigo.

Pois, pensaste, filho, em exterminar teu companheiro de infância? Interpelou-o Samuel admirado.

- Sim, pai, e, neste momento, eu vos imploro perdão, como já o fiz, inúmeras vezes, ao Magistrado universal. Eu fui preterido por aquela que eu já julgava noiva e, embora não vos houvesse revelado, agora confesso toda a verdade: quase enlouqueci de desespero e quis impedir que outrem fruísse a felicidade que eu desejava para mim. Tudo se passou no recesso de minha alma e, foi quando ouvi um amigo invisível bradar a meus ouvidos: - “Foge, desventurado Políbio, para que não apunhales corações amigos e paternais!”

Obedeci ao imperativo da voz tutelar e quanto tenho agradecido ao Pai celestial o haver me proporcionado tão desvelados inspiradores! Deus tudo remediou nos momentos angustiosos. Nunca havia sonhado com a pose deste Solar que, se já foi o palco de cenas condenáveis, hoje é o refúgio dos desventurados, o conforto dos discípulos de Jesus!

Eu, que já perpetrei diversos homicídios em vidas anteriores e, para que não fosse também assassino na que decorre, o alfanje da Tamis divina decepou o meu braço direito! Ao princípio, nos primeiros dias do martírio moral eu me revoltei contra o Destino, mas, depois, quanto o tenho bendito! O Destino, pois, pai, não é arbitrário, mas baseado no Código celestial.

Tudo quanto nos sucede tem uma base real na vida presente ou nas outras peregrinações planetárias, já transcorridas. Por mais que nos atormente essa verdade, devemos nos resignar com os sucessos dolorosos de nossas existências materiais e agradecer ao Sumo Juiz por nos ter proporcionado o ensejo de resgate de uma dívida penosa.

- Muito te agradeço, filho, as elucidações que acabo de receber! Exclamou Samuel, apertando a mão de Políbio. Não duvidarei, jamais, de que tens recebido as inspirações dos Mensageiros celestes!

- Obrigado, pai! Todos os nossos esforços devem tender para culminar este objetivo: nossa Redenção espiritual!

- Dizei-me, pai, como deixastes a missão que desempenháveis em Delfos.

Samuel deixou transparecer profunda melancolia no olhar, e respondeu:

- Por enquanto, prossegue a obra de paz e espiritualização que tem por centro de forças aquele Santuário, mas fomos informados pelos nossos mentores de que as condições de trabalho se tornam cada vez mais difíceis e que talvez tenhamos de cessar as nossas atividades no plano físico, lá, por longos séculos. As trevas preparam uma aliança nefanda com os bispos cristãos, em conseqüência da qual eles abandonarão os princípios da sua religião, para participar do governo material do mundo. Prevê-se um demorado período de deturpação dos ensinos de Jesus. Fadado a desaparecer da superfície da Terra, o império romano tentará sobreviver na consciência dos homens pelo terror. Não será possível impedi-lo porque a humanidade em conjunto adora ao bezerro de ouro, evolui lentamente e não está apta a apreciar em seu justo valor as lições de Jesus. Durante muitos séculos os homens ainda buscarão os gozos efêmeros da matéria, o poder temporal, esquecidos do espírito e desprezando as revelações cristãs. Mas a dor e a desilusão os acompanharão e um dia todos serão despertos para a Verdade. Até lá, deveremos trabalhar sem desfalecimento, hora a hora, minuto a minuto, sem indagar se chegaremos a ver os frutos do nosso labor. Todos os homens estão fadados a se tornar gênios do bem, por muito que se transviem e retardem. Herodes, o autor da matança dos inocentes, virá a ser mais tarde o protetor da infância desvalida com o nome de Vicente de Paulo. Judas Iscariotes renascerá como Joana D’Arc; os sumos sacerdotes que condenaram Jesus serão os maiores defensores e divulgadores da sua doutrina, futuramente. Portanto, não há razão para o pessimismo. Só o Bem é eterno, porque emana de Deus; o mal é apenas o Bem ainda imperfeito, como o diamante é o brilhante ainda não lapidado.


LIVROS ESPÍRITAS SOBRE JOANA D'ARC:

Joana D´arc Por Ela Mesma – Ermance Dufaux – Editora Pettit, 312 págs.

Condenada pela Inquisição, Joana D?Arc a virgem de Domrémy, médium e heroína da França , martirizada na fogueira, ganhou as alturas celestiais. Neste livro, moderna edição de um clássico do Espiritismo, por intermédio da médium Ermance Dufaux, jovem colaboradora de Allan Kardec, a guerreira de outrora retorna até nós para revelar todos os lances de sua incrível epopéia. Seu relato inicia-se ainda no período da infância, quando, no despertar da mediunidade, ouviu pela primeira vez os espíritos que depois a conduziram à glória. Joana descreve seus encontros com o rei da França, sua luta nos campos de batalha, a trama infame que a levou à prisão, o julgamento, a injusta condenação, o assédio e o martírio a que foi cruelmente submetida. Joana D?Arc por ela mesma, psicografado por Ermance Dufaux, é um livro inesquecível, retrato fiel de uma mulher capaz de grandes feitos heróicos, mas que nunca perdeu a feminilidade, mesmo depois de empunhar a espada com todas as forças da alma para defender seu ideal de fé.

Joana D’arc Médium. – León Denis – Editora FEB, 392 págs.
Este foi um livro que me surpreendeu, não só pelo seu conteúdo histórico da personagem em questão e da França, mas também pelas mensagens contidas nesse volume.
Dentre elas uma de Joana e outra de Allan Kardec e como o próprio autor cita, com um alto grau de confiabilidade, e como não confiar em Leon Denis?
O livro retrata Leon Denis como um apaixonado pela França e pela história de Joana D’arc e traz uma reflexão profunda no propósito da vida dela sempre amparado pelo seu conhecimento da doutrina espírita. É um misto de história, filosofia e doutrina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário