Extraído do livro “Fundamentos da Doutrina Espírita” de José Benevides Cavalcante – Editora EME.
Existência de Deus,
Imortalidade da alma,
Lei de causa e efeito,
Reencarnação,
Comunicabilidade dos Espíritos,
Fé raciocinada,
Evolução,
Pluralidade dos mundos habitados,
Moral de Jesus.
Sobre a “Existência de Deus”:
A ideia é fundamental a toda religião. Mas, para o Espiritismo, ela ocupa uma posição privilegiada porque o Espiritismo quer compreender essa ideia, não apenas pela fé ingênua, mas principalmente pelo raciocínio. É o seu aspecto filosófico por excelência. Por isso, o Livro dos Espíritos, a obra inaugural da Doutrina, na sua primeira pergunta, começa justamente por questionar: Que é Deus?
Não podemos conceber o mundo sem Deus, como não podemos conceber uma obra sem autor ou um efeito inteligente sem uma causa inteligente. Afirmar o contrário seria negar o princípio da causalidade.
Se fôssemos atribuir a existência do mundo à outra causa que não fosse Deus, teríamos que conceber essa outra causa como algo infinitamente inteligente e perfeito, e cairíamos, de qualquer forma, na mesma ideia de uma inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
É possível conceber a matéria como algo inteligente por si mesma? Como explicar as Leis responsáveis pela “organização” e pelo funcionamento do Universo nas suas dimensões conhecidas e “todas aquelas” que o homem, com certeza, ainda não conhece? Que realidade se esconde por trás dessa imensidão infinitamente pequena, o universo subatômico e invisível das grandes forças, e dessa outra dimensão infinitamente grande, o cosmos, ambas inimagináveis? Não há como fugir dessa assombrosa realidade que desafia a inteligência humana. De modo que, pela razão, chegamos tranquilamente à conclusão de que Deus existe, que uma Inteligência Suprema é responsável pela origem, pela existência e pelo funcionamento de tudo.
Deus é uma ideia universal, a mais perfeita que o homem pode conceber, e a primeira que nos acode quando queremos nos situar na realidade do mundo e entender a razão de nossa própria existência.
Se ainda não podemos entendê-Lo, porque não temos capacidade para saber, de fato, o que é Deus, podemos, pelo menos, senti-Lo no mais profundo de nossa alma. Porque necessariamente, como parte inteligente de Sua obra, somos a Sua Manifestação Inteligente neste mundo. Não foi por outra razão que Jesus afirmou que o Reino de Deus está dentro de nós.
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