terça-feira, 16 de agosto de 2011

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ESPIRITISMO



Extraído do livro “Fundamentos da Doutrina Espírita” de José Benevides Cavalcante – Editora EME.

A Doutrina Espírita é sustentada por pilastras mestras que lhe servem de esteio: são as suas ideias fundamentais. É por esses princípios que podemos reconhecer quem deve realmente ser chamado de espírita, o que nos leva a concluir que para uma pessoa ser considerada espírita, ela precisa, no mínimo, aceitar todos esses princípios ao mesmo tempo. Se não aceitar um só dele não pode ser reconhecida como espírita. Vejamos quais são esses princípios:

Existência de Deus,

Imortalidade da alma,

Lei de causa e efeito,

Reencarnação,

Comunicabilidade dos Espíritos,

Fé raciocinada,

Evolução,

Pluralidade dos mundos habitados,

Moral de Jesus.

Sobre a “Existência de Deus”:

A ideia é fundamental a toda religião. Mas, para o Espiritismo, ela ocupa uma posição privilegiada porque o Espiritismo quer compreender essa ideia, não apenas pela fé ingênua, mas principalmente pelo raciocínio. É o seu aspecto filosófico por excelência. Por isso, o Livro dos Espíritos, a obra inaugural da Doutrina, na sua primeira pergunta, começa justamente por questionar: Que é Deus?

Não podemos conceber o mundo sem Deus, como não podemos conceber uma obra sem autor ou um efeito inteligente sem uma causa inteligente. Afirmar o contrário seria negar o princípio da causalidade.

Se fôssemos atribuir a existência do mundo à outra causa que não fosse Deus, teríamos que conceber essa outra causa como algo infinitamente inteligente e perfeito, e cairíamos, de qualquer forma, na mesma ideia de uma inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

É possível conceber a matéria como algo inteligente por si mesma? Como explicar as Leis responsáveis pela “organização” e pelo funcionamento do Universo nas suas dimensões conhecidas e “todas aquelas” que o homem, com certeza, ainda não conhece? Que realidade se esconde por trás dessa imensidão infinitamente pequena, o universo subatômico e invisível das grandes forças, e dessa outra dimensão infinitamente grande, o cosmos, ambas inimagináveis? Não há como fugir dessa assombrosa realidade que desafia a inteligência humana. De modo que, pela razão, chegamos tranquilamente à conclusão de que Deus existe, que uma Inteligência Suprema é responsável pela origem, pela existência e pelo funcionamento de tudo.

Deus é uma ideia universal, a mais perfeita que o homem pode conceber, e a primeira que nos acode quando queremos nos situar na realidade do mundo e entender a razão de nossa própria existência.

Se ainda não podemos entendê-Lo, porque não temos capacidade para saber, de fato, o que é Deus, podemos, pelo menos, senti-Lo no mais profundo de nossa alma. Porque necessariamente, como parte inteligente de Sua obra, somos a Sua Manifestação Inteligente neste mundo. Não foi por outra razão que Jesus afirmou que o Reino de Deus está dentro de nós.

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