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Acontece
Em um momento da história da humanidade onde tanto se fala e se discute sobre período de transição planetária e previsões à cerca do fim do mundo, gerando especulação de toda sorte, causando muitas vezes insegurança e medo desnecessários, o Espiritismo, doutrina dos espíritos, codificada por Allan Kardec, traz uma mensagem de fé e esperança, de amor e paz, de estímulo à renovação moral, através das páginas do seu principal meio de divulgação, os livros.
Às cinco obras fundamentais do Espiritismo que são O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese, e O Céu e o Inferno somam-se outras que tratam sobre temas específicos estudados pela doutrina.
Livros como No Invisível, O Problema do Ser do Destino e da Dor, e, Depois da Morte, de Leon Dennis, além de A Evolução Anímica, A Alma é Imortal e o Espiritismo perante a Ciência, de Gabriel Dellane aprofundam os assuntos de que tratam os aspectos científico e filosófico da doutrina que além destes se baseia em um terceiro e fundamental aspecto, o religioso.
Leon Dennis (1846-1927) a exemplo de Kardec era francês, autodidata e membro atuante da Maçonaria. Conferencista difundiu por toda a Europa a ideia da sobrevivência da alma.
Por sua vez, Gabriel Dellane (1857-1926), destacou-se ao aprofundar-se no aspecto científico da doutrina espírita e teve como sua maior contribuição diferenciar a mediunidade que é o fenômeno produzido pelo espírito comunicante através do médium, do animismo, que, em linhas gerais, pode ser entendido como o fenômeno de comunicação produzido pelo próprio médium.
Um terceiro autor bastante importante na literatura espírita é Nicolas Camile Flammarion (1842-1925). Amigo de Allan Kardec, Flammarion dedicou-se ao aprofundamento do estudo da pluralidade dos mundos em livros como Mundos Imaginários e Mundos Reais, Mundos Celestes, e, A Pluralidade dos Mundos Habitados.
No Brasil, o imenso trabalho do médium Francisco Candido Xavier (1910-2002), com mais de 450 obras psicografadas, ajudou a disseminar o conhecimento do Espiritismo reunindo inúmeros adeptos em torno da mensagem consoladora e de esclarecimento aos inúmeros questionamentos da vida que a doutrina oferece.
Conforme dados do IBGE, 2,4 milhões de brasileiros se declaram espíritas. Para a Federação Espírita Brasileira, entretanto, o número de simpatizantes da doutrina gira em torno de 30 milhões.
Desde o lançamento de Parnaso do Além Túmulo, obra realizada pela psicografia do médium Chico Xavier, e ditada por espíritos de vários poetas e escritores brasileiros, publicado em 1931 e que inaugurou o gênero literário no Brasil, a literatura espírita tornou-se um fenômeno editorial e, recentemente, chegou às telas do cinema, com a produção de Nosso Lar (2010) que em apenas 10 dias de exibição atingiu 1,6 milhão de espectadores. Durante o mês de outubro deste ano, foi lançada a mais nova produção cinematográfica do gênero, O Filme dos Espíritos, que conta a história de um homem que decidido a se suicidar se depara com O Livro dos Espíritos de Allan Kardec e, através da leitura da obra, inicia uma jornada de reforma íntima e aperfeiçoamento moral.
Nosso Lar, por sua vez, é uma adaptação do livro homônimo do espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier em 1943 e que narra a trajetória do próprio André Luiz, após seu desencarne, o início de sua readaptação à vida espiritual e o entendimento que vai adquirindo sobre a importância dos valores morais da vida, como a caridade, a humildade e o perdão, a ponto de estimulá-lo a escrever um livro, através do fenômeno mediúnico da psicografia (de Chico Xavier) relatando a sua experiência.
Depois de Nosso Lar, André Luiz ditou mais 15 livros, por intermédio de Chico Xavier aprofundando-se nos temas como obsessão e mediunidade, de maneira clara e objetiva que lhe valeu a alcunha de “O repórter do mundo espiritual”.
Atualmente, muitas obras literárias realizadas através da mediunidade de psicografia de diversos médiuns chegam ao mercado editorial, com destaque para os romances e os títulos que tratam do tema obsessão.
Valter Martinez, diretor da Livraria Espírita Páginas de Luz e do Clube do Livro Espírita Sementes de Luz, além de coordenador da 45ª. Feira do Livro Espírita de Rio Claro atribui o fenômeno à grande identificação do público leitor para com os temas tratados nas narrativas, desenvolvidas geralmente num estilo simples, direto e de fácil assimilação.
Temas como perda de entes queridos, aborto, suicídio, injustiças, desilusões amorosas e financeiras, tão comuns nos dias de hoje, encontram respostas nos livros espíritas através do estudo e entendimento da lei de causa e efeito, que permite a conscientização da importância fundamental do amor, do perdão e da caridade, sem a qual, segundo a Doutrina Espírita não há salvação, revivendo dessa forma os ensinamentos de Jesus Cristo contidos no Evangelho.
Apesar de ter chegado às telas do cinema em longas metragens como Nosso Lar e Bezerra de Menezes – o filme, além de documentários como o que retrata a vida de Eurípides Barsanulfo, um dos expoentes do Espiritismo no Brasil, e cuja produção será apresentada no próximo dia 19, no auditório da Casa dos Espíritas de Rio Claro, com entrada franca, a Doutrina dos Espíritos também está presente na internet onde é possível ter acesso à vários sites de revistas especializadas e palestras de renomados oradores como Divaldo Pereira Franco, Raul Teixeira e Richard Simonetti, entre outros. Na tevê, aos domingos, é exibido o programa Transição, no canal 53, com boa audiência.
Contudo, é no livro que o Espiritismo ainda encontra o seu maior meio de divulgação. Todo centro espírita possui uma biblioteca onde seus frequentadores podem ter acesso aos livros. E mesmo nas bibliotecas públicas é possível encontrar várias publicações do gênero.
Rio Claro, há mais de 20 anos conta com uma livraria dedicada exclusivamente às publicações espíritas. Atualmente, a Livraria Páginas de Luz, sonho que se tornou realidade pelas mãos de abnegados da doutrina que se uniram em torno desse objetivo, está localizada à rua 5 No. 1.314, entre as avenidas 4 e 6, na região central da cidade.
Curioso observar que justamente no Brasil, cuja população é pouco afeita à leitura, a literatura espírita encontrou tão boa aceitação, principalmente junto ao público feminino. Para Valter Martinez a resposta está justamente na mensagem de otimismo e esperança e no estímulo da reaproximação do ser humano com Deus através de Jesus que este gênero literário oferece.
Psicografia é um tipo de mediunidade
A mediunidade é o fenômeno que torna possível a comunicação entre o mundo espiritual e o mundo material. Ela ocorre com o concurso do médium ou intermediário que recebe a comunicação e o espírito desencarnado que transmite a comunicação. Os mais recorrentes tipos de mediunidade são: a psicografia, a vidência e a audiência. Na primeira, o médium escreve a comunicação do espírito desencarnado; na segunda, ele vê o desencarnado e na terceira, ele ouve.
A psicografia é a modalidade mediúnica que torna possível a escrita de mensagens e livros. Ela pode ser consciente, semi-consciente e inconsciente.
Outro tipo bastante comum de mediunidade é a falante onde os médiuns possibilitam aos espíritos a comunicação oral com os encarnados. Através desse tipo de mediunidade é possível o trabalho de conscientização e esclarecimento de um espírito desencarnado sofredor durante os trabalhos mediúnicos aos quais é levado por um mentor espiritual. O doutrinador, pessoa responsável por conversar com o espírito que dá a comunicação através do médium falante, jamais estará mediunizado nessas circunstâncias e deverá, necessariamente, ter amplo e profundo conhecimento do Espiritismo e em condições morais ascendentes perante o comunicante, pois ninguém dá o que não possui.
Conforme o Espiritismo, todos os seres humanos são mais ou menos médiuns. Isso explicaria o fato das sensações diferentes das habituais experimentadas na presença de lugares ou pessoas que, de alguma forma e em algum momento da vida todos sentimos.
A mediunidade ostensiva é aquela que se produz com mais evidência e freqüência. E uma vez identificada requer um desenvolvimento seguro e disciplinado, o que pode ser feito através da orientação e da educação mediúnica oferecidas nas casas espíritas que tem como base e princípio a codificação kardequiana.
O objetivo principal da mediunidade, conforme o Espiritismo é dar aos homens o conhecimento da verdade e promover a melhora espiritual do médium. Ela não se constitui privilégio, mas demanda responsabilidade, porque independe inclusive das qualidades morais de quem a possui. Seu funcionamento se dá por fatores orgânicos do médium e envolve diretamente o perispírito que se trata do corpo fluídico do espírito. O perispírito é o duplo etéreo do espírito, esteja ele encarnado, ou seja, na condição humana, ou desencarnado. Tanto em uma condição como em outra o espírito o possui. E deixará de tê-lo, a partir do momento em que atingir um grau de sublimação moral em sua evolução espiritual.
Para maior segurança da prática mediúnica, a fim de se evitar possíveis mistificações ou mesmo obsessões não se recomenda, a menos que haja uma razão que a justifique, a evocação dos espíritos, mas aguardar sua manifestação espontânea, que devem ocorrer nas casas espíritas que possuem local, médiuns e ambiente preparado para tanto. Os espíritos sérios e bons jamais darão uma comunicação de natureza frívola e desprovida de bom senso. Eles são organizados e se ocupam das tarefas cujo objetivo é a prática do bem a todos indistintamente.
Conhecido ditado no meio espírita diz que “o telefone só toca de lá (mundo espiritual) para cá (mundo material).
Por Geraldo J. Costa Jr.
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