O ASTRAL
Ano XIX – Número 220– Distribuição Gratuita – Junho
de 2012
Órgão Oficial de Informação do Centro Espírita
Astral Superior
Declarado de utilidade pública municipal pela Lei
2.076 de 09 de Outubro de 1986
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506-662
Visão
Correta do Espiritismo
Nazareno Tourinho
É inegável
que o Espiritismo, essencialmente, como fato natural, como lei da vida, é de
todos os tempos, encontra-se ainda que de modo difuso ou velado no alicerce de
todas as crenças da imortalidade, razão por que deve ser concebido não como uma
seita particular, e sim como elemento capaz de fortalecer as diversas religiões
e abrir caminho para que elas se encontrem com as várias ciências, levando o
homem a cumprir de maneira integral seu destino neste mundo, através do
desenvolvimento tanto das potencialidades sentimentais quanto intelectivas.
Assim sendo, nada impede que um católico, um teosofista, um amante da umbanda
ou do esoterismo seja também espírita, em face do caráter universalista,
cósmico, do Espiritismo, e quem quiser defender esta posição certamente
descobrirá algumas frases de Allan Kardec para se apoiar. Contudo, somente será
espírita em parte, e não de modo completo, pois é igualmente indiscutível que a
verdadeira Doutrina Espírita está no ensino que os Espíritos deram (“O Livro
dos Espíritos”, introdução, item XVII), e tal ensino é suficientemente claro
quando estabelece os fundamentos de uma filosofia racional (idem, Prolegômenos)
que incompatibiliza a teoria e prática do Espiritismo com tudo aquilo que tem
sabor místico e é destituído de conteúdo lógico. Daí porque ninguém pode ser
fiel à causa espírita se deixar de agir com bom senso.
Não basta
tirarmos carteirinha no Clube da Pureza Doutrinária para servirmos com
proficiência ao Espiritismo. Importa termos a sua visão correta e o bom senso
indica que, para isso, o primeiro cuidado é não sermos radicais. Na história de
todos os movimentos que hão surgido para alargar os horizontes mentais do ser
humano sempre foram as concepções extremistas que estragaram tudo. São elas as
fontes geradoras da ortodoxia e toda ortodoxia é fechadura dogmática trancando
as janelas da livre análise, sem a qual se torna impossível o progresso.
Acontece que tanto há uma ortodoxia excessivamente conservadora, vocacionada
para sustentar o tradicionalismo, quanto há uma ortodoxia exageradamente
renovadora, que nada respeita, nem mesmo os valores fundamentais e
imprescindíveis à identidade de um pensamento filosófico. A primeira produz por
imobilismo a fé cega e a segunda vai tão longe que destrói qualquer fé, ainda
que nascida do conhecimento bem construído. É lamentável, mas ainda não
aprendemos uma grande lição da Antiguidade clássica: virtude está no meio...
Com o
devido apreço aos que lutam por fixar o Espiritismo unicamente no plano
científico ou exclusivamente na esfera religiosa, e ainda com a justa
consideração àqueles que de sejam conservá-lo em sua feição primitiva ou
modernizá-lo por completo, ousamos afirmar que a providência básica para termos
uma ótica senão perfeita, pelo menos razoável, do Espiritismo, consiste em
abandonarmos a presunção de sabedoria infusa e estudarmos com inteligente
humildade obra de Kardec, onde são limpidamente expostos os princípios
inquestionáveis de nossa Doutrina e os pontos sobre o quais ela própria
recomenda reflexão, pesquisa e debate para amadurecimento das ideias.
O mal é
que, ao invés de examinarmos sem premeditação os livros do mestre lionês,
recorremos a eles com o deliberado ânimo de catar argumentos esparsos
alimentadores de nossas tendências ideológicas, sem admitir que, como as demais
pessoas, estamos sujeitos a limitações perceptivas. Ora, como todos nos
situamos em graus de evolução diferenciados, cada um, vê o Espiritismo de uma
forma distinta, resultando daí as insanáveis divergências opiniáticas. Se
soubermos administrá-las, cultivando-as com equilíbrio e moderação, ainda dá
para convivermos em regime de trabalho solidariedade e tolerância, consoante a
divisa, ou lema, da Codificação. Se cairmos no radicalismo, terminamos sendo
nocivos e não úteis ao ideal comum. É o que parece, salvo melhor juízo...
Exposições do mês
Junho
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Terça Feira
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Sexta Feira
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05 06 12
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João Carlos Sanchez
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01 06 12
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Silvia Pessenda
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12 06 12
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Marlene Padulla
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08 06 12
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Marli A. Rodrigues
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19 06 12
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J.L. Polese
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15 06 12
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Marília Coelho
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26 06 12
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Luiz G. Scalzitti
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22 06 12
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Yara S. Valter
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29 06 12
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O Livro dos Espíritos, introdução, item XVII
A
ciência espírita compreende duas partes: experimental uma, relativa às
manifestações em geral, filosófica, outra, relativa às manifestações
inteligentes. Aquele que apenas haja observado a primeira se acha na posição de
quem não conhecesse a Física senão por experiências recreativas, sem haver
penetrado no âmago da ciência. A verdadeira Doutrina Espírita está no ensino
que os Espíritos deram, e os conhecimentos que esse ensino comporta são por
demais profundos e extensos para serem adquiridos de qualquer modo, que não por
um estudo perseverante, feito no silêncio e no recolhimento. Porque, só dentro
desta condição se pode observar um número infinito de fatos e particularidades
que passam despercebidos ao observador superficial, e firmar opinião. Leia mais
em:
O Centro Espírita
Astral Superior mantem estudos Doutrinários às quartas feiras, frequência livre
para quem tenha interesse em conhecer o Espiritismo. O horário é das 20h00 às
21h30.
Sugestões para: lzgonzaga@yahoo.com.br
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