terça-feira, 31 de maio de 2011

MORTE E PERTURBAÇÃO



O tema pode a princípio causar repulsa. É natural. Mas, também é natural que se torne de nossa parte, objeto de estudo. Pois se trata de algo de nosso interesse. Esclarecer a mente é fortalecer o espírito. Segue o texto:


Morte e perturbação

(Artigo extraído do Site: Fórum Espírita.net) http://www.forumespirita.net/fe/reencarnacao/morte-e-perturbacao/

As dores físicas atuam como recurso terapêutico que, além de depurar o doente, prepara-o para a vida espiritual, pois, principalmente com o agravamento da doença, põe-se, muitas vezes, em contato maior com a religião, utilizando o recurso balsâmico da prece e meditação sobre sua própria vida/destino.

A doença curta ou fulminante ocorre o falecimento em plena vitalidade, e salvo se espiritualizado, o desencarnante poderá vir a ter problemas de desligamento e adaptação, pois são muito fortes suas impressões e interesses relacionados à vida física.

O Aborto Espontâneo, via de regra, é provação para o reencarnante e/ou para os pais, sendo, o Espírito desligado facilmente, pois os laços que o prendem ao corpo físico são tênues.

Na Morte Infantil o desencarne é bem mais tranqüilo, mesmo em trágicas circunstâncias, posto que o espírito, nessa fase, permanece em estado de dormência e desperta lentamente para a realidade terrestre. Só na adolescência é que o reencarnante entra em plena posse de suas faculdades. Já os indivíduos que morrem de Forma Violenta, em circunstâncias alheias à sua vontade, registram em seu perispírito marcas e impressões relacionadas com o tipo de desencarne que sofreram.

São, entretanto, passageiras e tenderão desaparecer tão logo se reintegrem na vida espiritual. Situação bem mais difícil enfrenta o Suicida. Precipitado voluntariamente na espiritualidade, em pleno vigor físico, o suicida revive, ininterruptamente e por longo tempo, as dores e emoções dos últimos instantes, que se congelam ante seus olhos.

Geralmente são confinados em regiões tenebrosas, onde passa por situações de extremo sofrimento até que se arrependa sinceramente do ato insano. O suicida exibe em sua organização perispiritual o ferimento correspondente à agressão cometida contra o corpo físico, podendo, inclusive, ficar ligado à este assistindo à sua própria decomposição.

Na situação do Aborto Provocado o Espírito sofre o trauma provocado pela morte violenta, embora amenizado por não estar ainda comprometido com o mundo material. Geralmente, ao ver frustrada a sua intenção de reencarnar, principalmente se imaturo moralmente, nasce-lhe o rancor contra o ato criminoso cometido pelos pais e, por vezes, torna-se seu perseguidor implacável.

Na Eutanásia, como o fluido vital do moribundo ainda circula por seu corpo físico, a eutanásia dificulta o seu desligamento; o desencarnante fica preso ao corpo inerte, em plena inconsciência e incapacidade de reação, até que se complete o esgotamento do fluido vital de seu organismo pela falência dos órgãos, quando então, se inicia o desligamento.

Muitas vezes, mesmo depois de desligado, o Espírito ainda se conserva apático, sonolento e desmemoriado, por ter tido abreviado criminosamente o desenlace. No caso das Mortes Coletivas, por estar relacionado a experiências evolutivas, o desencarne coletivo é previsto por entidades Benfeitoras Espirituais, que acolhem os desencarnantes imediatamente, muitas vezes em postos de socorro por eles montados através da vontade/pensamento, na própria região da catástrofe ou desastre.

Mesmo assim, como são as figuras centrais da tragédia, os desencarnantes sofrem o processo de comoção coletiva de espectadores e familiares, enfrentando dificuldades de adaptação, que o levam, não raro, a reviver dolorosos pormenores do funesto acontecimento, causando perturbação mental e desespero. Geralmente, só retornam à normalidade da vida espiritual quando o caso cai no esquecimento público e familiar.

Necessário lembrar que cada caso é único e diferente do outro e que a perturbação pós-morte vai depender do grau de materialização ou de desprendimento material do desencarnante. Quanto menos apegado aos valores materiais, mais rápido irá reingressar na Vida Espiritual.

A compreensão dos familiares não os evocando ou às circunstâncias do desenlace, também irá contribuir para uma recuperação mais rápida.

A prece é sempre de valiosíssimo auxílio para o desencarnante, em qualquer circunstância.

BIBLIOGRAFIA:

Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. FEB

Simonetti, Richard. Quem tem Medo da Morte? CEAC Editora.

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